Na publicação anterior, tratávamos sobre um pouco sobre os
últimos momentos da vida do venerável Carlo. Hoje, tratamos um pouco sobre a
sua linda infância comprometida e cheia de carinho e afetos aos seus fizeram
parte de história. Espero que estejam gostando!
[...] A infância de
Carlo desenvolve-se sob o carinho e afeto não só dos pais e parentes próximos,
mas também de algumas babás. A criança mostrava-se alegre, animada, mas ao
mesmo tempo suave – “raro nesta idade”. Se algum coleguinha lhe fazia qualquer
coisa errada, Carlo não reagia instintivamente, e citava o motivo: “O Senhor
não seria feliz se eu reagisse violentamente. “
Já com doze anos de idade, frequentava a missa diariamente, também em seu
período de férias, portando da Eucaristia a força para viver de forma santa e
tão diversa de seus contemporâneos…
Em uma ocasião, preferiu ir em peregrinação a Assis
(Itália), ao invés de escolher outros locais de entretenimento – um
comportamento que desperta muita curiosidade daqueles que estavam ao seu redor,
como alguns de seus parentes, que chamavam de “vítima dos pais”, pensando que
estavam estes impor tal comportamento.
Mas a realidade era diferente, como o próprio Carlo
confidenciou a seu pai espiritual antes de sair desta dimensão terrena: “Assis
é o lugar onde me sinto mais feliz”. Ele admirava S. Francisco, especialmente
sua grande humildade.
Após o colegial, ele foi matriculado no Liceo Classico Leão
XIII, dirigida pelos Padres Jesuítas, oportunidade em que foi orientado
espiritualmente pelo Pe. Roberto Gazzaniga, s.j. Carlo não era o primeiro da
classe, mas conseguia resultados muito bons; dispunha-se sempre com alegria e
generosidade para ajudar os amigos e todos ao seu redor, especialmente na
utilização do PC, convicto que era da importância do uso construtivo dos
computadores e da internet, conceito expresso pelo Papa São João Paulo II e
também reafirmado hoje pelo Papa Emérito Bento XVI. Repetidamente, colocava os
seus conhecimentos à serviço da criação de apresentações multimídia e outras
iniciativas promovidas pelo Instituto.
Carlo demonstrava interesse especial para aqueles colegas
menos considerados, para aqueles que se sentiam “excluídos”. Disse assim um
amigo, como testemunha: “Carlo era uma pessoa muito disponível para fazer
amizade com todos, e acompanhava com os colegas que tinham alguns problemas
para se socializar. Isso acontecia com alguns jovens da nossa turma, Carlo era
sempre interessado em tentar envolvê-los e fazer com que eles estivessem
integrados na classe. Carlo ia à Missa várias vezes por semana; ele tinha muita
fé, acreditava no diálogo íntimo com o Senhor e rezava o Rosário todos os dias.
Após a morte de Carlo voltei para Igreja e acho que isso pode ser mérito de uma
intercessão de Carlo.”[...]
Trechos do texto "Carlo Acutis: um jovem
“anticonformista”
aluno do Instituto “Leão XIII” de Milão" de Sonia Andreoli, traduzido por
Carla Mariza Stellato
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