Encontra caminhos de serenidade. Não permitas que a tua vida seja sempre uma
tempestade, um tormento constante, uma desordem sem fim, inquieta e
opressora.
Por vezes, é tempo de descansar, de nos retirarmos e
olharmos sem pressa para o passado e para o futuro, recentes e distantes. Como
quem sobe ao cimo de um monte para ver os horizontes em torno de si.
Temos de sonhar de forma séria, de fazer projetos concretos,
estudando também as diferentes formas de os concretizar.
Mas mais do que tudo, é importante parar. Desligarmo-nos de
tudo o que nos distrai do que há de profundo na nossa vida. Importa ter a coragem
de estar longas horas e alguns dias longe do barulho das notificações que nos
escravizam. Andamos desconcentrados de tantas solicitações que nos
assaltam.
Talvez seja por medo de uma vida simples... A felicidade é o
oposto do medo e uma vida simples é quanto necessitamos para que, no silêncio
da nossa presença, consigamos começar cada dia como ele é: uma aventura
autêntica e irrepetível.
Seria tão bom que conseguíssemos viver em conjunto uns com
os outros, juntos, respeitando-nos a nós mesmos e aos outros de uma maneira que
nos elevasse a todos. Sem superficialidades nem mentiras, apenas a verdade
única de cada um de nós. Amando e sendo amados.
Dá paz à tua saudade de dias calmos, tranquilidade aos teus
sonhos e quietude dos teus medos.
Todos os lugares deste mundo estão à mesma distância do céu.
Vai até lá e demora-te. Quando voltares não encontrarás um mundo diferente, mas
poderás vê-lo de forma mais sábia. Terás a paz para definir e cumprir o que
queres e deves ser.
Existe uma fonte de vida em cada um de nós, no fundo do
coração.
Caminha rumo à nascente do teu amor como quem subisse contra
a corrente de um regato para lhe achar a fonte.
É aí, e só aí, que encontrarás a paz de que tanto precisas
para vencer os egoísmos dos outros... e os teus!
Por José Luís Nunes Martins
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