Desde o inicio deste ano, me encantei por este jovem santo,
Carlo Acutis. Ao saber de sua exumação, em vista da finalização do processo canônico
de beatificação, em que seu corpo está incorrupto, resolvi conhecer mais sobre
a história de sua vida. O que me fez, ainda mais encantar-me. Há alguns dias atrás,
recebi em minha residência algumas orações para pedir sua beatificação e junto à
oração veio uma relíquia, algumas pétalas de rosa amarela, que estiveram junto
ao seu túmulo.
Resolvi neste blogue, publicar um pouco sobre sua vida, para
os meus leitores, sobretudo os jovens conhecerem mais e melhor a vida de um
lindo santo, que já é um Venerável. Abaixo um pouco de sua história, quando
viera a falecer. Espero que gostem! Ao longo do tempo estarei colocando algo
mais sobre o venerável.
Carlo tinha estado doente apenas alguns dias antes de sua
morte (cerca de dez dias antes) e ninguém imaginava que o que parecia ser uma
simples gripe era uma leucemia tipo M3, considerada por todos os médicos a pior
forma de leucemia que existe e da qual dificilmente alguém pode se salvar.
O jovem Carlo não sabia que em breve estaria no céu. Os pais
se recordam que um dia quando estavam no hospital, no quarto, fazendo-lhe
companhia, ouviram o filho dizer: "ofereço todo o sofrimento que eu vou
ter que sofrer pelo Papa e pela Igreja, para que eu não vá purgatório, mas
direto para o céu".
Na manhã de domingo Carlo mostrou-se numa grave fraqueza e
os pais decidiram chamar o antigo pediatra dele, que aconselhou a remoção
imediata para uma clínica, coincidentemente especializada em doenças de sangue.
Os médicos logo perceberam a gravidade da situação e preocupados deram a
notícia aos pais que não acreditavam que Carlo estava destinado a morrer
rapidamente.
Poucas semanas depois da morte de Carlo, sua mãe encontrou
um vídeo de dois meses antes, em que o rapaz foi filmado, e concluiu dizendo
misteriosamente: “Eu tenho 70 quilos e estou destinado a morrer". [...] O chefe do departamento de hematologia clínica, devidos à
lei vigente na Itália, teve que contar a Carlo que ele estava sofrendo de
leucemia e que deveria se submeter a longo tratamento e cuidados.
Durante anos, o garoto havia sido ensinado pelos pais a
considerar a vida como uma passagem para o céu e naquele instante certamente
percebeu que a sua doença deveria leva-lo à morte. Depois que o médico deixou o
quarto e estando tranquilo ele disse a seus pais: "O Senhor me deu um
sinal"!
Chegando à clínica, depois de algumas horas, Carlo foi
levado a UTI e lá foi-lhe colocada uma máscara de oxigênio para facilitar sua
respiração, mas que lhe causava cansaço e muito sofrimento, porque quando tossia
o impedia de expectorar bem.
Este fato, como nos confidenciou a sua mãe, causou-lhe muito
sofrimento. [...] No hospital, um padre administrou o sacramento da unção dos enfermos. Alguns
dos enfermeiros e médicos que estavam com Carlo nesse momento lembram-se dele
com muito carinho e admiração
"Fazia anos que eu não via um paciente nessas
condições. Eu me perguntava como ele não reclamava da dor Seus braços e pernas
estavam inchadas e cheias de líquido. Se você perguntasse a ele "você tem
a dor”?, Ele sempre dizia que era suportável. O momento mais incrível para mim
foi quando ele retornou da radiologia numa maca. Ele disse, "Eu acho que
você está melhor" e ele, abrindo bem os olhos, com um sorriso respondeu:
"Sim, eu estou melhor", e então eu tentei sair sozinho da maca para a
cama, afim de não nos dá trabalho. No dia seguinte, (..), eu entrei no quarto
enquanto o médico lhe perguntava: "Como você se sente”? E Carlo disse:
"Como sempre, ótimo!" Depois de meia hora ele estava em coma. Carlo é
do tipo de pacientes que vivem pouco por causa das complicações que surgem, mas
deixa-nos um grande amor e, apesar da situação, fica uma sensação de paz, que
não se pode explicar..."
"Eu conheci Carlo no dia em que ele foi hospitalizado
em nosso departamento de hematologia pediátrica do hospital San Gerard. Sua
condição era crítica, muito sério... Perguntei-lhe: "Como você está?".
Carlo me disse: "bem". Surpreso com a resposta eu perguntei:
"bem”? E Carlo me disse: "Há pessoas piores que eu" Esta
resposta deixou-me muito impressionado. "
Em coma Carlo foi levado para sala intensiva onde fizeram um
tratamento no sangue separando os glóbulos vermelhos dos brancos, que teve bom
êxito. Infelizmente, após um curto período de tempo, ocorreu-lhe uma hemorragia
cerebral e o faria morrer em algumas horas. Seus órgãos foram tão comprometidos
que não era possível doar a ninguém e o hospital decidiu não desligar os
aparelhos até que o coração parasse sozinho.
Embora a sua morte cerebral ocorreu no dia 11 de outubro,
seu coração parou de bater no dia seguinte, 12 de outubro, de 2006, às 06h45 ,
véspera da última aparição de Fátima.
A notícia de sua morte se espalhou rapidamente através de
alguns de seus colegas de classe Instituto Tommaseo. Os pais receberam
permissão para levar o corpo do filho para casa, de modo que foi colocado em
seu quarto. Durante quatro dias, foi uma peregrinação contínua.
Muitos ficaram surpresos de que seu corpo emanava cheiro de
lírios. No funeral esteve uma grande multidão e muitos tiveram que ficar do
lado de fora da igreja porque era impossível entrar.
Quando o padre deu a bênção final, dizendo: "A missa
acabou, ide em paz", as pessoas começaram a ouvir os sinos tocando porque
a Missa coincidentemente terminou ao meio-dia.
Do livro de Nicola Gori, " Eucaristia minha estrada
para o céu" páginas 141-146.
Tradução Livre - Pe. Marcelo Tenorio
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