A grande inversão: como a Igreja de Leão recompensa os lobos
Diário de um Católico na Contrarrevolução — Parte 18
Cinco histórias, uma mensagem. Dissidência é promoção.
Pecado é inclusão. A própria Escritura é reescrita para agradar ao mundo. Eis o
retrato da nova Roma — a Roma que sorri para o erro e boceja diante da Verdade.
O Pastor do Soho Ascende
Bernard Longley, arcebispo de Birmingham, deveria ser um
alerta, não um exemplo. Sob Leão XIV, tornou-se ambos. O mesmo homem que
supervisionou as infames Missas do Soho para homossexuais ativos, e que
ironizou os “testes de pureza moral” antes da Comunhão, acaba de receber seu terceiro
cargo vaticano em quatro meses.
Hoje, Longley assessora os dicastérios de Unidade Cristã,
Diálogo Inter-religioso e Relações com os Judeus — todos especialistas em névoa
teológica. O Vaticano parece ter encontrado o homem certo para dissolver a fé
em diálogo.
Na Roma atual, a fidelidade isola, a ambiguidade promove.
Ensine o erro com delicadeza, e o Vaticano o chamará de “pastoral”.
Escritura Reescrita para Sodoma
A Conferência dos Bispos dos EUA aprovou uma nova tradução
“atualizada” da Bíblia, a New Revised Standard Version — Catholic Edition.
Em nome da inclusão, São Paulo foi censurado: “sodomitas” virou “homens que se
envolvem em sexo ilícito”.
O termo original — arsenokoitai, literalmente “cama
masculina” — desapareceu. O resultado é uma Bíblia higienizada, feita para não
ofender o pecado.
Uma Igreja que já não defende a Escritura começa a editar
a Escritura para não precisar mais defendê-la.
Graz: O Bispo e Seu “Marido”
Na Áustria, Johannes Freitag, bispo auxiliar de Graz-Seckau,
nomeou como seu secretário pessoal um homem “casado” com outro homem: Domenik
Kainzinger-Webern, figurinista do baile do orgulho gay e ex-secretário da
comunidade judaica.
Agora, o casal posa para fotos enquanto ele organiza a
agenda episcopal.
Não é mais preciso comentar a decadência; basta olhar a
foto. O escândalo virou ornamento de púrpura.
O Evangelho de Gênero da AUSCP
Nos EUA, a Associação de Padres Católicos promoveu um
congresso onde uma mulher “trans” foi aplaudida por seu “casamento” entre
pessoas do mesmo sexo. O teólogo Todd Salzman — condenado por heresia moral —
foi celebrado no palco. O bispo John Stowe o elogiou e sugeriu que todos os
novos padres estudem moral com ele.
A dissidência já não se esconde: é catequese oficial.
Quando o púlpito prega “transição” em vez de “transfiguração”, não é o
Evangelho que está sendo anunciado — é a sua inversão.
A Recompensa pelo Silêncio
James Checchio, antigo reitor do Colégio Norte-Americano,
foi promovido a arcebispo coadjutor de Nova Orleans.
Sob sua gestão em Roma, proliferaram denúncias de má conduta
homossexual e até testes secretos de AIDS entre seminaristas. Denunciantes
foram expulsos.
Agora, ele é premiado com um novo pálio.
Na nova Roma, quem encobre é recompensado. Quem fala
é crucificado.
Epílogo: A Geometria Invertida
E, no entanto, a Fé não se inverte. Os velhos catecismos, a
velha Missa, a velha lei moral — continuam firmes, esperando os que se recusam
a ajoelhar-se diante da falsa misericórdia.
Os lobos têm sua hora.
Mas o Pastor, o verdadeiro Pastor, nunca abandona o
rebanho.
Por um Católico consciente e atento ao cenário eclesial do
Brasil e do Mundo.
Nota aos comentadores de plantão
Antes que os doutores de teclado comecem a espumar, aviso
logo: este texto não é um “ataque ao Papa”, nem uma “chama ao cisma”, nem um
“lamúrio de tradicionalista raivoso”. É apenas o relato do óbvio — e o óbvio,
quando dói, costuma ser confundido com rebeldia.
E se você acha que “fidelidade” é dizer “sim” a tudo o que
vem de Roma — mesmo quando contradiz o que veio de Roma há dois mil anos —
então este diário não é para você. Vá em paz, e boa sorte explicando isso a São
Pio X.
Este espaço não existe para agradar ninguém. Existe para
testemunhar — ainda que tremendo, ainda que sozinho — que a Verdade não se
dobra.
Não é sobre nostalgia, é sobre lucidez.
Não é sobre ser “contra” a Igreja, é sobre recusar-se a
ser cúmplice de sua caricatura.
Então, antes de correr para a caixa de comentários com
citações fora de contexto e hashtags piedosas, respire fundo e
pergunte-se: “Será que o que me incomoda é o tom do autor… ou o espelho que ele
colocou diante da minha fé adormecida?”
Pense nisso. Depois, se ainda quiser discutir, discuta — mas com argumentos, não com slogans.