História e significado do hábito do Carmelita

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O nosso hábito é de cor marrom
No início, no Monte Carmelo os primeiros monges vestiam uma veste de lã "vulgar", sem cor; e um escapulário que compreendia também o capuz. Não eram três roupas, como são agora, mas duas.
Eles também tinham uma capa de lã muito rudimentar e que estava barrada (listrada). A capa era fechada completamente e sem capuz, até que em 1287 se dispôs que se abrisse, para mostrar o escapulário.
Provavelmente o Hábito da Ordem do Carmo trajada pelos Frades (Ordem Primeira) nas origens da Ordem

A veste marrom mostrava a penitência e a pobreza do frade que a usava; o escapulário era o jugo e a cruz da obediência; e o capuz (algo próprio das crianças) mostrava a vida de inocência que deviam ter os frades. Posteriormente o escapulário passou a ser símbolo de pertença e de proteção da Virgem Maria.

A capa barrada com sete listras, 4 brancas e 3 pretas. Podem-se referir aos sete dons do Espírito; ou as três virtudes teologais e as quatro cardeais; ou que as barras pretas eram as queimaduras que sofreu a capa de Elias quando era levado em um carro para o céu... Branco de pureza e preto de penitência.

Usavam, também, esporadicamente, uma capa branca, quando, em Jerusalém, participavam da Liturgia na Basílica do Sto Sepulcro (onde só se usava paramentos brancos, naquela época). Neste início, só havia leigos na Ordem. Os primeiros padres carmelitas só surgiram depois da transferência da Ordem para a Europa, no século XIII.
Esta liturgia do Santo Sepulcro de Jerusalém foi celebrada, no Ocidente, pela Ordem, até 1978, quando se passou a celebrar a Liturgia Romana do Concílio Vaticano II. Por isso, ficou conhecida em todo mundo ocidental como Liturgia Carmelita.
Provavelmente o Hábito da Ordem do Carmo trajada pelos Leigos (Ordem Terceira) nas origens da Ordem

A capa barrada quando os carmelitas entraram na Europa provocou zombaria, já que era uma vestimenta, mais de artistas mambembes do que de frades... então mudaram a sua capa barrada (listrada) pela branca, no capítulo de Montpellier (1287), como sinal do compromisso na defesa do Dogma cá Imaculada Conceição assumido pela Ordem.

Os irmãos legos, ou convertidos, usavam o mesmo hábito mais curto e sem capuz e não levavam capa branca, mas escura. Embora pouco a pouco tenderam a vestir da mesma forma pais e irmãos e já em 1927 vestem com o mesmo hábito e a mesma capa.

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