Do Galicanotradicionalismo à Apostasia: quando os Conservadores entram em colapso
Diário de um Católico na Contrarrevolução — Parte 4
A crise doutrinária da Igreja já não se esconde atrás de véus diplomáticos. Os continuístas conservadores, que até ontem posavam de defensores da Tradição com gravatas borboleta e latim domesticado, hoje escancaram seu desespero. Seu único “argumento?” Apontar o dedo, berrar “sedevacantista!” e se encolher atrás de retóricas gastas. Se esquecem de que chamar nomes não é refutação. É fuga.
E o que mais temem é justamente isso: que a verdade se
imponha sem pedir licença. Que a máscara caia e revele o que sempre foram:
cúmplices elegantes do erro, sentinelas de uma ortodoxia de fachada. Como
carpideiras litúrgicas, choram não pelos mortos da fé, mas por sua relevância
perdida. Sua exasperação tem nome: dois de seus principais sacerdotes
descobriram a verdade e se passaram para a Tradição. A casa caiu.
Do ecumenismo à apostasia silenciosa
Dom Lefebvre já tinha dado o diagnóstico com precisão
cirúrgica: o ecumenismo promovido pelo Vaticano II é a rota para a apostasia
silenciosa. João Paulo II, perplexo, reconheceu a apostasia, mas nunca
olhou no espelho. Lefebvre, por outro lado, apontou com o dedo: o erro tem
nome, data e origem — Concílio Vaticano II.
Essa fórmula que os conservadores tentam usar — a tal da “hermenêutica
da continuidade” — não passa de um coquetel de negação com verniz acadêmico.
Querem salvar a Igreja sem condenar o erro que a devasta. Querem parecer firmes
sem ofender o sistema. São os moderados de sempre, aqueles que, diante
do incêndio, tentam discutir a cor da mangueira.
A carapuça caiu. Doa a quem doer
Vamos aos fatos: o Vaticano II abriu as portas ao
modernismo, e isso não é mais opinião — é constatação histórica e teológica.
A Missa Nova, a liberdade religiosa, o ecumenismo relativista, tudo isso foi
denunciado à exaustão. Os conservadores, porém, insistem na ilusão de que dá
para aceitar tudo isso e continuar católico. Não dá. A Tradição não é opcional.
É o DNA da Igreja.
Quando se recusam a romper com o erro, tornam-se cúmplices.
Quando atacam os que rompem, tornam-se algozes. Quando se recusam a ver,
tornam-se cegos guiando outros cegos — e o abismo já está logo ali. Sua
esperteza política os tornou irrelevantes no céu e ridículos na terra.
O desafio está lançado
Mas o tempo da ambiguidade acabou. O tempo da neutralidade
elegante morreu. Agora é tempo de resistência clara, firme e inegociável.
Com rosário na mão, Missa de sempre no coração, olhos voltados para o alto — e
os pés fincados na rocha da fé de sempre.
A Tradição não é uma opção estética. É uma exigência da
fidelidade.
Por um Católico consciente e atento ao cenário eclesial atual no Brasil.