Não me apetece acordar

Importa que cada um de nós seja capaz de olhar bem para si, encontrar três ou quatro defeitos que são a causa da maior parte das nossas angústias e perguntar-se: Prefiro ser assim ou arriscar-me a ser feliz?
Os pecados que cometemos contra nós mesmos não são nada originais. São comuns a tanta gente que chegam a parecer inevitáveis. Mas, na verdade, não o são. É preciso admirá-los bem, e compreender a estupidez e a desnecessidade que encerram em si.
Queres mesmo continuar a ser assim? Sim? Olha para ti outra vez!
Não bastam palavras e boas vontades. Há quem prefira encontrar desculpas para os seus males do que fazer por se curar deles. O reconhecimento é o primeiro passo, mas não basta.
É essencial que encontremos em nós a coragem de caminhar para dentro do vazio daquilo que nos é desconhecido. Que ousemos ser diferentes, melhores. O terreno pode parecer desconhecido e talvez o seja, mas é por aí, e só por aí, que chegaremos à mudança de que precisamos.
Aprende a ser humilde e aceita as tuas fraquezas. Desperta desse sono que te faz refém de uma mediocridade desnecessária, levanta-te e anda. Faz o que for preciso para seres melhor, para seres feliz. Ainda que isso implique um grande desconforto e o sofrimento próprio de quem se vê retirado daquilo a que já se habituou. Por pior que seja...
Olha para ti. Encontra o que te prejudica. Livra-te disso. Vais precisar de muito esforço e paciência.
Só há uma razão que justifica não querer mudar: ser feliz onde se está.
Talvez não acredites que és melhor do que julgas. Ou isso seja apenas mais uma desculpa. A verdade é que és, porque acomodar-se é uma fraqueza, não uma força.
Ninguém é feliz sem lutar muito por isso.
Por José Luís Nunes Martins
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Reflexões