Não conseguimos prever grande parte do nosso futuro. Planeá-lo com inteligência implica deixar uma enorme margem em branco, porque quase tudo pode mudar em pouco tempo.
Quase todos gostávamos de controlar o futuro. Mas isso é impossível, por causa da nossa natureza e das circunstâncias em que vivemos. Ninguém pode prever com exatidão o resultado a longo prazo de uma ação sua, ou qual o efeito que uma determinada condição que aparece hoje vai ter no nosso futuro mais distante.
Viver é aceitar o desafio de navegar no mar do desconhecimento. Importa ser humilde e acreditar que podemos e devemos decidir o nosso dia a dia, uma coisa de cada vez. Sem a ilusão infantil de querer com uma só ação mudar tudo de uma vez e para sempre.
Tudo é possível. Mas isso não significa que o caminho para o que parece impossível seja fácil ou curto. As nossas maiores conquistas consomem-nos tanto que, ao alcançá-las, em vez de glória, sentimos um enorme alívio por termos chegado ao fim dessa nossa luta.
Nada é certo. O mundo é muito mais complexo do que alguma vez poderemos compreender. Os outros seres humanos não são meros figurantes da minha vida, são tão dignos como eu de estar aqui e de serem protagonistas da sua e da minha existência, pelo que, as decisões que fazem o meu futuro não são apenas as minhas.
Somos pequenos e frágeis. Quando não aceitamos com humildade os nossos limites, caímos com enorme facilidade em desequilíbrios, porque ao querer tudo de uma vez, vamos para os excessos de onde... é fácil cair no abismo.
É preciso desapegarmo-nos da vontade de controlar tudo. Até porque, se o fizéssemos, seria uma tragédia maior do que podemos imaginar! Nenhum de nós é o centro do mundo e isso é uma excelente notícia!
Nenhuma vida está isenta de males, mas há sempre bens em seu redor. Em vez de vivermos focados no incerto e no mal que existe e naquele que ainda pode chegar, devíamos admirar o bem que nos rodeia e nunca deixar de sonhar! Acordando cedo para trabalhar pelo que bem que queremos.
Aceita a vida como ela é. Procura o melhor lugar para onde dares o próximo passo, sempre. Pouco importa que estejas no fundo do poço ou no cimo da montanha mais alta.
Qual é a melhor coisa que podes fazer a seguir a ler este texto?
Faz isso.
Por José Luís Nunes Martins
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