Na publicação anterior, vimos um pouco sobre a infância
do venerável Carlo Acutis. Hoje, iremos acompanhar um pouco sobre o que o seu
pai diz sobre seu filho. Espero que estejam gostando!
“Sobre ele [Carlo Acutis], assim diz seu pai: “A docilidade
ao Senhor não se pode alcançar sem se exercitar na docilidade aos próprios
legítimos superiores. Nisso Carlo era beneficiado por uma graça especialíssima.
De fato, desde pequeno, quando por algum motivo eu o repreendia, mostrava-se
logo obediente e submisso, sem nenhum rancor, e isso embora tivesse uma
personalidade forte e vivíssima. Quem conheceu Carlo sempre percebeu uma
harmonia particular no seu modo de colocar-se com o próximo. Quantas vezes
ouvimos repetir-se a frase ‘Carlo é um garoto especial’! Possuía um dom
particular de simpatia, mas esta atitude não explica por si os rastros que
deixou em tantos corações.
Como nas artes humanas a excelência se obtém por meio de
duros e longos sacrifícios, da mesma forma no campo espiritual não se pode
‘elevar-se’ senão pela constância das práticas de fé. Em Carlo – continua o pai
– se podia admirar uma contínua e sempre renovada orientação da vontade ao bem.
Isso era possível graças ao seu abandono ao Senhor. Seus segredos eram uma
firme e sempre renovada vontade de colocar Deus em primeiro lugar e o recurso
constante aos tesouros administrados pela Igreja: a Eucaristia e a Confissão.
Resultava daí uma personalidade harmoniosa que irradiava uma grande serenidade.
O que frequentemente se faz de modo artificial por convenção social Carlo o
fazia naturalmente como guiado pelo Senhor. Assim, gestos aparentemente banais, como um bom-dia que repetimos com muita frequência
só por formalidade, em Carlo tornavam-se "flechas de caridade que tocavam
os corações”.”
Trecho do livro “Carlo Acutis – A vida além do limite” de Francesco Ochetta.
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