Nos últimos dias, a Paixão da Igreja diante da Revolução Anticrística
Diário de um Católico na Contrarrevolução – Parte 10
Há momentos da história em que os sinais se tornam tão
claros que somente os cegos por vontade própria conseguem ignorá-los. Nos
últimos dias, vimos fatos que não podem ser relegados ao silêncio piedoso, nem
relativizados pelo discurso politicamente correto que corrompe púlpitos e
consciências. O modernismo — esse câncer denunciado por São Pio X — mostra suas
metástases cada vez mais visíveis no corpo da Igreja. É preciso nomear as
feridas para que possam ser curadas.
Vimos um capelão LGBTQ+ recebido em audiência de honra, como
se fosse um novo profeta; vimos a Basílica de São Pedro profanada por
peregrinações militantes, onde a Cruz foi pintada de arco-íris e slogans
sacrílegos ecoaram sob a cúpula de Michelangelo. Vimos a Praça de São Pedro,
outrora espaço de fé e lágrimas de conversão, transformada em palco de
quermesses vulgares e festinhas maçônicas. Vimos encontros ecumênicos
esvaziados da verdade católica, omitindo até mesmo o Filioque, como se a
doutrina pudesse ser ajustada ao gosto de cada interlocutor. Vimos, mais uma
vez, a Sé Apostólica juntar-se ao sincretismo de Astana, como se todas as
religiões fossem expressões igualmente válidas do mesmo deus anônimo e
relativista.
E, para coroar o escárnio, assistimos a um sacerdote, Dom
Roberto Falconi, presidir um pseudo “casamento” de dois homens idosos,
transformando um sacramento instituído por Cristo em espetáculo de blasfêmia.
Altar improvisado, alianças “abençoadas”, festa com aplausos — uma paródia
grotesca daquilo que deveria ser sinal de graça e fidelidade. Enquanto isso, o
bispo local permanece em silêncio, como tantos outros, cúmplices por omissão.
Não é exagero falar em revolução anticrística. São Pio X já
advertia que o modernismo é “a síntese de todas as heresias”. E aqui estamos:
depois de sessenta anos de concílio mal interpretado, de liturgia banalizada,
de doutrina negociada, vemos o fruto apodrecido cair diante dos nossos olhos.
Não é a Igreja de Cristo que fracassa — pois as portas do inferno não
prevalecerão —, mas são os homens da Igreja que, ao se renderem ao mundo,
expõem o rebanho ao lobo.
Enquanto isso, fora dos muros do Vaticano, uma elite
globalista avança seu plano totalitário, travestido de Agenda 2030, com seus
slogans de “sustentabilidade” e “inclusão”. Quem ousa resistir é censurado,
perseguido, ridicularizado, preso. O caso do advogado Reiner Fuellmich é
exemplo gritante: encarcerado injustamente, seu único crime foi denunciar a
fraude colossal contra a humanidade. E ainda têm a ousadia de chamar isso de
democracia! Os verdadeiros criminosos — Fauci, Gates, Schwab, Soros e seus cúmplices
— circulam livres, bajulados por governos e organismos internacionais. Eis o
retrato de um mundo que chama o mal de bem e o bem de mal.
Diante disso, o que nos resta? A fidelidade. A Missa de
sempre, a fé de sempre, os santos de sempre. Não há novidade que possa
substituir o que é eterno. Santo Atanásio, em meio à crise ariana, lembrava aos
fiéis: “Eles têm as igrejas, nós temos a fé.” Hoje, podemos repetir: eles têm
os palcos, as cúpulas iluminadas de arco-íris, as quermesses maçônicas, mas nós
temos o Santo Sacrifício da Missa, o Rosário, o Catecismo de Trento, a Verdade
que não muda.
Sim, o cenário é sombrio. Sim, a traição dói. Mas Cristo não
abandona a Sua Esposa. Nossa missão é resistir, denunciar, manter viva a chama
da Tradição, mesmo quando tudo parece ruir. Porque, no fim, não serão os
globalistas, nem os modernistas, nem os falsos profetas que triunfarão. Será
Cristo Rei. E a Virgem Santíssima esmagará a cabeça da serpente.
Concluindo
Nos últimos dias vimos escândalos, sim. Mas também vimos, em
meio às ruínas, a coragem dos que permanecem fiéis. Cada fiel que se ajoelha
diante do altar tradicional, cada família que educa seus filhos na doutrina
perene, cada voz que se ergue contra o erro — tudo isso é parte da
Contrarrevolução. É um diário de sangue e lágrimas, mas também de esperança.
Pois quem está com Cristo jamais está sozinho.
E, enquanto o mundo aplaude seus falsos deuses, nós proclamamos sem medo: Viva Cristo Rei!
Por um Católico consciente e atento ao cenário eclesial atual do Brasil e do mundo.
Eu como filho do Carmelo. Afirmo q o maior escândalo é de ser que não é diante de Deus é não aceitar a sua declinação Divina em ser atual é mísericordioso. Santa Teresinha entre outros mártires dariam sua vida por seus irmãos condenados ao inferno. Isso é o certo. Amor eucarística incondicional
ResponderExcluirIrmão, entendo sua intenção e a invocação de Santa Teresinha. Mas cuidado: confundir misericórdia com relativização é cair no exato erro que hoje devora a Igreja. Teresinha se ofereceu como vítima pelo Amor misericordioso, sim, mas nunca negou a justiça de Deus nem suavizou a gravidade do inferno. Ela chorava pelos pecadores porque sabia que havia condenação eterna e que só a graça podia arrancá-los dali.
ExcluirAmar não é fechar os olhos para o erro. Amar é apontar a verdade que salva, mesmo quando dói. É isso que Cristo fez com a Samaritana, com a adúltera, com todos: ofereceu perdão, mas sempre junto da ordem clara — “Vai e não peques mais.”
Se hoje alguns usam a misericórdia como desculpa para legitimar o pecado, então não é misericórdia — é caricatura. É como dar anestesia a quem precisa de cirurgia urgente. Parece bondade, mas é traição.
O amor eucarístico incondicional não é permissividade: é ardor pelo Cristo realmente presente, que se entrega por nós, mas também exige conversão. Se os mártires deram a vida pelos pecadores, foi para que eles se salvassem, não para confirmar suas correntes.
O maior escândalo, portanto, não é ser “intransigente” diante do pecado, mas maquiar o Evangelho em nome de uma misericórdia sem cruz. Isso não salva ninguém — só alimenta a chama que consome almas.