Principais ideias públicas dos Cardeais “progressistas”

Introdução
Quando os sinos de Roma soam mais altos que o costume, é
sinal de que algo sagrado — e profundamente humano — está prestes a acontecer.
O Conclave de 2025 se anuncia não apenas como uma escolha de sucessão, mas como
um campo de batalha espiritual e ideológico. Na arena fechada da Capela
Sistina, onde o tempo parece congelar entre afrescos e segredos, uma tensão
borbulha: o embate entre tradição e inovação, entre o que foi sempre e o que
talvez devesse ser.
Entre os purpurados, destacam-se os chamados cardeais
progressistas — homens que sonham com uma Igreja mais aberta, inclusiva e
conectada ao pulsar do mundo moderno. Mas até que ponto essas vozes representam
a esperança legítima de renovação? E até onde avançam com passos que podem,
inadvertidamente, desfigurar a fisionomia milenar da Esposa de Cristo?
Buscamos examinar com lupa o papel, a influência e os
limites dos cardeais de tendência progressista no próximo conclave, ponderando
se sua atuação é sinal dos tempos ou apenas eco de ventos passageiros.
Abaixo as principais ideias públicas dos
Cardeais “progressistas”.
Cardeal Víctor Manuel Fernández (Dicastério da Doutrina da Fé)
O teólogo argentino próximo de Francisco sublinha a
continuidade da fé, mas advoga uma compreensão em desenvolvimento da doutrina.
Como afirmou, “a doutrina não muda, o Evangelho será sempre o mesmo, a
Revelação já está estabelecida”; contudo, ele lembra que a Igreja “é sempre
muito pequena…, mas tem necessidade de crescer na sua compreensão”. Fernández
rejeita termos como “modernizar a Igreja”, preferindo falar em reforma e
renovação missionária.
Na prática, impulsionou um tom pastoral aberto: por exemplo,
disse ter acolhido “uma peregrinação de pessoas que se sentiam marginalizadas
por causa de sua orientação sexual – pessoas LGBTQ+. Não pude estar em todo o
culto…, mas eu os acolhi”. No entanto, ele faz distinções: ao comentar bênçãos
a uniões homossexuais, sublinhou que “confusão entre união homossexual e
casamento” torna claro que a Igreja entende o matrimônio como “união
indissolúvel entre um homem e uma mulher”
Em entrevista, defendeu que mudanças na moral sexual só
podem vir via “consciência bem formada” e discernimento guiado pela fé, pois
não basta “dizer que se sabe por si só se algo é bom ou não”. Ainda que amigo
do Papa, advertiu contra excessos sinodais: sobre o Caminho Sinodal alemão
alertou que não basta “permitir inovações progressistas” para a Igreja
florescer; o fundamental, diz, é anunciar a missão evangélica (o kèrigma).
Criticado por liberais e conservadores, Fernández busca equilíbrio entre
fidelidade à tradição (“a doutrina não muda”) e abertura pastoral (acolhimento
a todos sem juízo).
Cardeal Jean-Claude Hollerich (Luxemburgo)
O jesuíta luxemburguês é uma voz forte em sinodalidade e inclusão social. Como presidente da
Comissão das Conferências Episcopais da UE e relator-geral do Sínodo, defende
que a Igreja seja “profética” quanto às migrações e aos jovens, apoiando
protestos climáticos. Exemplo disso, saudou as manifestações de jovens pelo clima
dizendo que a “Igreja Católica está com os jovens” – “vemos uma geração que
assume a responsabilidade pelo futuro… queremos que sejam felizes na nossa casa
comum”. Em matéria de moral sexual, defende cuidado pastoral. Hollerich
notoriamente afirmou que, etimologicamente, “Deus não pode ‘dizer-mal’
de duas pessoas que se amam”, sugerindo que as bênçãos litúrgicas não podem
ser negadas a casais do mesmo sexo.
Contudo, reconhece que não há lugar para matrimônio
sacramental homoafetivo, pois a paternidade/maternidade biológica lhe parece
essencial. Ele insiste que “ninguém é excluído” da Igreja – “o
Reino de Deus não é um clube exclusivo” e “abre suas portas a todos, sem
discriminação. A todos!”. Em críticas, admite que ainda precisamos “falar de
bisexualidade, transexualidade e homossexualidade” nos sínodos, mas enfatiza
sempre a acolhida fraterna. Em síntese, Hollerich enfatiza sinodalidade (“escuta
que nos ajuda a compreender”, cf. sua coletiva sinodal) e
sociais (solidariedade ao migrante e ao pobre), propondo um caminho de fé que
não transforme a Igreja em fortaleza, mas em rede aberta de amor inclusivo.
Cardeal Matteo Zuppi (Bolonha)
Arcebispo de Bolonha e presidente do episcopado italiano,
Zuppi é reconhecido pelo empenho em diálogo, misericórdia e
sinodalidade. Como líder da Comunidade de Sant’Egidio e enviado de paz (ex.
Ucrânia), prioriza reconciliação. No Sínodo, defendeu a “terapia” da escuta: “o
caminho sinodal… baseia-se na escuta”. Para ele, sinodalidade não é aplicar
velhos esquemas, mas “nos questionarmos e encontrar as respostas” juntos,
reconstruindo o “nós” e fazendo a Igreja “pertencer e caminhar
junto com os outros”.
Em sua visão, é preciso dialogar sem guardar crenças no
sótão, mas “deixar-se magoar pelo mundo” para anunciar Cristo.
Zuppi também exalta a dignidade humana: em homilia sobre migrantes em Lampedusa
disse que “cada um [refugiado] é um mundo… um mundo a ser salvo”.
Ressaltou ainda que “Salvos queremos salvar, para que ninguém fique
sobrecarregado…” ao acolher o estrangeiro. Sua preocupação com os pobres e o
ambiente (destaca as enchentes de 2024 na Itália sob sua arquidiocese) o alinha
à doutrina social católica, ao mesmo tempo em que busca via sinodalidade “cura
para feridas” sociais e eclesiais. Tendo sido co-redator do documento final do
Sínodo sobre sinodalidade, Zuppi adota um discurso pastoral que convoca à
caridade no cotidiano, à missão comunitária e ao “cuidar dos pequenos” na
Igreja e fora dela.
Cardeal Carlos Castillo Mattasoglio (Lima)
Arcebispo de Lima desde 2019, ligado à teologia da
libertação (discípulo de Gutierrez), Castillo Mattasoglio tem foco marcante
na doutrina social e nos pobres. Suas homilias são conhecidas pela
crítica social: segundo o El País, chegou a chamar a presidenta
Dina Boluarte e o Congresso peruano de “obstáculos às reformas” do país. No
Sínodo sobre sinodalidade, destacou que a Igreja deve ouvir “os clamores do
povo” em situação de doença, clima severo, crise humana. Ele disse: estamos
diante de “situações muito complexas (enfermidade, aquecimento global e crise
humana)” e, ainda assim, “somos chamados a discernir sinais de uma humanidade
fraterna capaz de se apoiar, de ajudar, de se entender e decidir juntos como
queremos nosso planeta”.
Em mensagem sinodal em Lima, enfatizou que Igreja sem ouvir
o povo não dá esperança, pois “devemos esforçar-nos em fazer uma humanidade
fraterna, capaz de resolver juntos os grandes problemas do mundo”. Ainda
alinhado a Francisco, defende um enfoque apostólico: se “pobres não vêm à
Igreja, a Igreja deve ir até os pobres” (alusão ao lema de dom Hélder Câmara).
Castillo Mattasoglio tende a evitar polêmicas de moral sexual, concentrando-se
nos desafios sociais, ecológicos e evangélicos do Peru, numa perspectiva
inequívoca de justiça social e sinodalidade missionária.
Cardeal Reinhard Marx (Munique)
Ex-presidente da conferência dos bispos alemães, Marx
combina um perfil liberal em moral e diálogo com compromisso social. No último
Sínodo de sinodalidade, afirmou que a fé só “cresce se formos libertos de modos
de pensar fechados”, abrindo debates livres e a participação de homens e
mulheres. Defende que há problemas “seriíssimos” na Igreja alemã e admite: “A
moral sexual precisa de desenvolvimento” – reconhecendo que somos muitas vezes
“incapazes de dialogar com a realidade sexual moderna”. Marx acredita que
decisões sobre moralidade devem passar por “consciência bem formada,
respeitando liberdade e responsabilidade”, e diz que se trata de guiar o fiel
“à plena realidade da fé” para não cair num relativismo subjetivista. Mesmo
crítico de excessos (afirmou que interpretações teológicas radicais levam a
divisões), Marx pediu compreensão aos fiéis ante mudanças, dizendo “entendemos”
suas dores.
Em ecologia e economia, advoga soluções inspiradas na
Doutrina Social: ex-ativista dos sem-teto, defende transparência e luta contra
a desigualdade. Sua presença no centro do sínodo alemão de 2019 terminou com
seu pedido de renúncia, refletindo a tensão de seus tons progressistas (apoiou
condomínios de gays) versus pressões conservadoras. Em resumo, Marx
enfatiza diálogo interno e reforma sob luz de consciência e
sinodalidade, mas busca custear tradições com justiça social e proteção ao
ambiente.
Cardeal Américo Manuel Aguiar (Lisboa)
Bispo de Setúbal e vice-presidente da conferência
portuguesa, Aguiar tem forte ênfase nos jovens e educação cristã.
Como afirmou, “a aula de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) é
prioritária para ir ao encontro dos jovens, de cada jovem…”.
Ele defende ampliar esse ensino com padres e seminaristas
como professores, pois, segundo ele, não se pode deixar alunos sem catequese.
Aguiar também é um entusiasta da sinodalidade: disse que o Espírito Santo leva
a Igreja sempre para diante, “não tem retrovisor” e o Papa nos convida a
“Adelante” (avançar).
Em entrevistas, repete que não há retorno às fórmulas do
passado; a reforma bergogliana deve prosseguir. Em pública, apoiou sempre
encontros de jovens (como o JMJ em Lisboa) e campanhas com carismáticos e
laicato. Não é vociferante em debates teológicos polêmicos (como o de moral
sexual ou litúrgico), concentrando-se em promoção de catequese, liturgia
participativa e envolvimento laical.
Cardeal Carlos Aguiar Retes (Cidade do México)
Arcebispo da Cidade do México, o cardeal Aguiar Retes tende
a enfatizar a pastoral urbana e social. No Sínodo da Sinodalidade
ele sublinhou a necessidade de fazer a Igreja “acolher a todos, sem excluir
ninguém” – uma casa de portas abertas para migrantes, divorciados e outros.
Sobre os debates controversos, ele observou que questões como padres casados,
mulheres no ministério e LGBT “não foram tema central” do Sínodo; surgiram
apenas de forma periférica, sem consenso definitivo.
Essa moderação sinaliza que, embora pessoalmente alinhado ao
Papa, ele evita polarizar: ao mesmo tempo em que repete o convite de Francisco
a dialogar com os excluídos, costuma evitar pronunciamentos diretos sobre moral
sexual ou liturgia tradicional. Aguiar Retes tem compromisso com a “Igreja em
saída”: promove redes de voluntariado nas favelas e a Conferência Nacional de
leigos. Em suma, destaca inclusão pastoral e diálogo com a sociedade,
sem dar corpo às polêmicas doutrinais, pedindo simplesmente “boas-vindas a
todos” (como resumiu no Sínodo).
Cardeal Marcello Semeraro (Prefeito de Santos)
Como prefeito das Causas dos Santos e ex-vigário do Papa,
Semeraro enfatiza a vocação à santidade e ao testemunho cristão. Em
entrevistas, recorda que o Concílio Vaticano II “despojou o conceito de
perfeição evangélica de toda forma de individualismo, dando-lhe um caráter de
eclesialidade”. Ou seja, a santidade não é algo privado, mas sempre parte de
uma Igreja viva: “nunca será santidade individual, mas sempre santidade
eclesial”.
Essa visão eclesialistas dos santos se reflete em seu foco
no serviço aos pobres: antes bispo em diocese pobre, montou projetos sociais e
lembra que o cristão só se realiza no cuidado do próximo. Em outros temas,
defende a liturgia do Vaticano II e observa que o envio dos santos (p.ex.
Francisco de Assis, Madre Teresa) mostra a “Igreja em saída” desejada pelo
papa. Por ser mais teólogo tradicional, evita debates polarizadores; sua ênfase
é espiritual: uma comunidade cristã unida, envolvida no reino de Deus, com
todos buscando a “comunhão”.
Cardeal Stephen Brislin (Cidade do Cabo)
Arcebispo sul-africano, Brislin destaca a justiça
social e reconciliação pós-apartheid. Defende combater a desigualdade
racial e econômica e sustenta a dignidade humana, inspirando-se em sua infância
na luta contra o apartheid. Em suas homilias, costuma invocar a importância da
verdade, perdão e reconciliação para curar feridas sociais. Ele também vem
apoiando iniciativas ecológicas: promoveu campanhas de conservação de água
durante a seca de Cape Town e incentiva ações de “Casa Comum”. Não fez
declarações públicas controversas; segue a linha de Francisco de compaixão e
diálogo. Assim, enfatiza a face social do Evangelho (luta contra a pobreza,
direitos dos refugiados) e a união interracial na igreja, tendo sido escolhido
presidente da conferência sul-africana de bispos em 2024.
Cardeal Pablo Virgilio Siongco David (Kalookan)
Líder filipino em uma das periferias de Manila, David vive
um ministério missionário junto aos pobres. Presidindo os bispos das Filipinas,
enfatiza “o advento do Reino de Deus entre as favelas” – como ele gostava de
repetir nos eventos em Ragay (Camaligan). Antes de virar cardeal, diagnosticou
os problemas sociais como fruto de “injustiça” e criticou regimes autoritários
por violar direitos humanos. Ao ser nomeado em 2024, foi saudado por ser “uma
voz corajosa em defesa dos mais fracos”. Resume sua missão no lema
atribuído: “Se os pobres não vêm à Igreja, a Igreja deve ir até os
pobres”. Ou seja, desloca a pastoral para as periferias. Em seus raros
pronunciamentos públicos, fala de reconciliação social e encorajamento dos
leigos, sem entrar em debates sobre moral sexual. Seu foco é a Igreja da
proximidade, apoiando comunidades rurais e urbanas pobres na Ásia, à semelhança
do cardeal Tagle.
Cardeal Blase Cupich (Chicago)
Ex-núncio e agora arcebispo de Chicago, Cupich é um dos
líderes mais explícitos da ala progressista americana. No pós-sínodo dos
jovens, salientou temas de acolhimento inclusivo: contou que
queriam “garantir algo que fosse inclusivo para todos” no documento final,
estendendo boas-vindas a migrantes, afastados e pessoas atraídas pelo mesmo
sexo. Defende uma Igreja em que “toda pessoa tem algo a dizer a todos”.
Em discursos recentes, lamentou o crescente racismo
(xenofobia) contra imigrantes jovens, frisando que “pessoas precisam deixar
suas casas por causa de guerras, pobreza, mudanças climáticas… e querem que a
Igreja seja liderança e a voz de quem não tem”. Para ele, a verdadeira beleza
da Igreja aparece quando “as portas estão abertas”, acolhendo a
todos num gesto de caridade. Em questões pastorais concretas, seus auxiliares
fizeram campanha para que Chicago permitisse casamentos civis entre gays,
dizendo que “quem somos nós para julgar” (ecoando Francisco). Ele também é
apelidado de “Bispo Netflix” por conduzir liturgias com linguagem e música
popular, enfatizando relevância cultural. No entanto, Cupich reafirma que
algumas obrigações morais devem ser ensinadas; sua tática é focar em amor
e diálogo, pressionando as estruturas para mais compaixão. Em suma, adota
forte tom inclusivo (“voz profética”, “todos bem-vindos”), procurando centrar a
fé na misericórdia e no encontro pessoal.
Cardeal Francesco Montenegro (Agrigento)
Conhecido como “cardeal dos migrantes”, Montenegro é
incansável em defesa dos refugiados e das periferias. Arcebispo de Agrigento
(Sicília), viu de perto as tragédias de Lampedusa: por isso, declarou que migração
não é “emergência”, pedindo coragem para abandonar esse termo. Chama os
imigrantes de “um sacramento da presença de Deus” entre nós.
Em entrevistas e homilias, exalta a hospitalidade cristã: “We must love
them without limits”, lema até de sua Biografia. Montenegro tem repetido
que a Igreja deve acolher o estrangeiro como a Cristo, denunciando políticas
anti-imigrantes.
Em 2013, sugeriu a Francisco que visitasse Lampedusa – o que
o Papa fez. Também defende a vida social humana, acolhendo imigrantes em casas
e centros de Agrigento. Doutrinariamente, segue o magistério social; não se
envolve em debates sobre moral sexual. Sua ênfase: dignidade de cada pessoa nas
crises contemporâneas, chamando a crise migratória de “desafio global” que
requer solidariedade, não muros.
Cardeal Jean-Paul Vesco (Argel)
Dominicano francês Arcebispo de Argel, Vesco destaca temas
de diálogo inter-religioso e papéis das mulheres. Num artigo
recente, afirmou que a Igreja “teve um problema com as mulheres durante
séculos”; apontou a ausência delas do governo eclesial e risco de a Igreja se
tornar anacrônica sem maior envolvimento feminino. Em síntese: para ele,
sinodalidade exigirá incluir laicos e mulheres nos processos decisórios.
Vesco também vive num contexto islâmico e exorta ao respeito
mútuo: costuma lembrar que o católico deve contemplar o Islã com “benevolência
e abertura” (tópico de seu apostolado em África). Recentemente, disse que
“todas as religiões, e nós com elas, têm muito que aprender no diálogo”
(comentário a uma declaração conjunta de líderes mundiais). Em suma, Vesco
enfatiza a humildade frente à “alteridade” – seja na Igreja (as mulheres) ou no
mundo (os muçulmanos) – como parte essencial da missão eclesial.
Cardeal Robert W. McElroy (San Diego)
Arcebispo de San Diego e acadêmico social, McElroy defende
a inclusão radical de marginalizados. Num ensaio, propôs que
Igreja reconheça católicos LGBT e mulheres em ministérios, chamando a isso de
“inclusão radical” do Evangelho. Criticou linguagem do “desordenado
intrínseco”, afirmando que é “um desserviço” chamá-los assim, porque sociedade
entende isso como doença. Ele tem atuado para dar voz aos pobres: por exemplo,
defendeu sindicatos de trabalhadores agrícolas imigrantes e políticas de clima
mais justas.
No Sínodo, relatou ter acolhido pessoalmente católicos LGBTs
na catedral e disse: “a beleza da nossa Igreja fica clara quando as
portas estão abertas”. Em temas mundanos, concorda com McCarrick que “é
escandaloso pretender que a América prima permaneça isolada dos sofrimentos
globais”. Seu estilo combina teologia da libertação e entusiasmo pela reforma
sinodal – depois da visita de Francisco a Detroit, tornou-se um porta-voz
americano do espírito do Papa. Em política, critica injustiças raciais e
exclusões econômicas. Resumidamente, McElroy faz ênfase humanitária, crendo que
a Igreja deve transformar práticas para ser veramente inclusiva,
mesmo se isso irrita setores conservadores.
Cardeal Ladislav Nemet (São Salvador)
Arcebispo de São Salvador (El Salvador), ladislav Nemet, de
origem eslovaca, é conhecido por continuidade litúrgica e preocupação social.
Como sucessor de Romero, ele reafirma o valor do casamento eclesial em
discursos públicos, manifestando-se preocupado “pelo divórcio” e
defensor de fortalecer o caráter de sacramento do matrimônio. Tem dado
prioridade à memória de Óscar Romero e à justiça na sua terra, sem confrontos
diretos com Roma. Nemet vem promovendo ações contra a violência e pobreza no El
Salvador, católico na prática. Não é vocal em debates liberais (LGBT, ordenação
feminina), mas mantém uma postura pastoral ampla, focada no reino de Deus como
bem comum e sinodalidade local em nível latino-americano.
Cardeal Christophe Pierre (Núncio nos EUA)
Núncio apostólico nos EUA desde 2016, Pierre foi nomeado
cardeal por sua importância diplomática e pastoral. Ele atua nos bastidores
para aproximar as conferências regionais da visão de Francisco. Em entrevista,
surpreendeu-se ao chegar aos EUA “que muitos bispos não sabiam o que aconteceu
em Aparecida” nem que a Evangelii Gaudium veio daquela
conferência. Reclama da resistência americana às reformas papais: disse que não
se concentraria tanto em Francisco, pois “para alguns padres, religiosos e
bispos ele virou o grande pecador, bode expiatório de todas as falhas da
Igreja”.
Ou seja, seu foco tem sido promover o espírito missionário
latino. Não é teólogo público, mas avalia a política americana com olhares
proféticos: por exemplo, implorou que bispos dos EUA não rejeitassem as lições
do episcopado latino. Assim, realça a unidade da Igreja global: recorda sempre
que o papa se origina do rebanho latinoamericano. Em síntese, sua ênfase
é comunhão e foco evangelizador (diálogos com autoridades
civis) – não se envolve em disputas religiosas internas, mas insta a liderança
americana a escutar Francisco e a Doutrina Social com coração aberto.
Cardeal Stephen Chow Sau-yan (Hong Kong)
Como primeiro cardeal de Hong Kong, jesuíta Chow Sau-yan
combina prudência e esperança. Após participar dos sínodos de 2023/24, declarou
que a sinodalidade é “um sonho que queremos tornar realidade”. Notou que sua
comunidade local carrega “feridas… que precisamos curar” e crê que o processo
global pode ajudar Hong Kong a superar polarizações internas. Destaca a
necessidade de cura e unidade (um enfoque pastoral pós-protestos
pró-democracia), pedindo que ao voltar às dioceses o povo mantenha o apoio mútuo
feito em Roma. Também comentou que, embora se esperasse uma Exortação
Apostólica pós-sínodo, o Papa decidiu não emitir — tomando isso como
oportunidade para amadurecer a base.
Em linhas gerais, ele defende acolhimento e
reconciliação num contexto de crise social: chama à cooperação da
Igreja na cura das divisões (diz que “trabalho conjunto sinodal” pode melhorar
Hong Kong). Politicamente, evita envolver-se diretamente nos impasses locais,
mas seu tom sugere ênfase em diálogo, oração e ação social(amoroso) em terras
chinesas, coerente com o pragmatismo sinodal.
Cardeal José Fuerte Advíncula (Manila)
Arcebispo de Capiz (Filipinas) e ex-Secretário-Geral da
CELAM, Advíncula é um ardoroso defensor do método sinodal. O Swissinfo observou
que ele expressa “preocupação pastoral com o divórcio” e é “a favor de
fortalecer o sentido do casamento como sacramento”, alinhando-se ao Papa no
foco da família. Advíncula exalta a comunhão eclesial e não costuma polemizar:
prega o diálogo confiável entre episcopados e o povo.
Em suas declarações públicas, enfatiza que os bispos devem
estar atentos às necessidades do povo, cuidando da fé através de programas de
catequese e visitação de comunidades remotas. Sua principal ênfase é fortalecer
a Igreja local sob a inspiração franciscana: simplicidade e pastoralidade, sem
descuidar da ortodoxia nos sacramentos. Por ser cardeal filippino, contribuiu
para o Grupo de Trabalho do Sínodo na Ásia, reforçando temas sociais e a
dimensão continental nas discussões sinodais.
Cardeal Jaime Spengler (Porto Alegre)
Novo cardeal e presidente do episcopado brasileiro, Spengler
é um franciscano que coloca especial atenção na crise ambiental e
social do Sul do Brasil. Dados recentes destacam seu envolvimento com
vítimas das enchentes de 2024: foi chamado de voz que levanta a conscientização
ambiental no Rio Grande do Sul. Como franciscano, advoga a integralidade da
criação, influencia na liturgia (mesas franciscanas itinerantes, etc.) e
denuncia o egoísmo econômico que destrói ecossistemas. Reconhece a urgência da
Doutrina Social na economia: promove debates sobre desigualdade e a função
social da propriedade. Em síntese, Spengler enfatiza a ecologia
integral e a conversão social: ele advoga uma Igreja próxima dos excluídos
e uma pastoral Laudato Si’, com atenção a catástrofes naturais e migrantes
ambientais.
Cardeal Leonardo Ulrich Steiner (Manaus)
Arcebispo de Manaus, Steiner foi o primeiro cardeal
amazônico. Seu foco é a defesa dos povos indígenas e da floresta,
seguindo o Sínodo da Amazônia. Antes do consistório, denunciou que “a violência
cresceu muito em nossa região” amazônica, motivada por dinheiro, extração
florestal, mineração e tráfico de drogas. Ou seja, apontou a destruição da
floresta e ataques às comunidades indígenas como “a maior ameaça” à Amazônia.
Ele lidera o comitê episcopal para a Amazônia no Brasil,
promovendo serviços sociais e ecológicos em sua diocese. Steiner vive uma
lógica de “missão integral”: participando de protestos contra grilagem,
insistindo que a Igreja repense o “modelo de desenvolvimento” predatório.
Liturgicamente, incentiva celebrações nos idiomas indígenas e veneração da Mãe
Terra. Em suma, Steiner sublinha a ecologia e a justiça ambiental,
pedindo medidas concretas contra o desmatamento e por renda mínima aos povos da
floresta – posição inspirada em Francisco e no Sínodo Amazônico.
Cardeal Anders Arborelius (Estocolmo)
Bispo de Estocolmo (único cardeal da Escandinávia) e
franciscano, Arborelius costuma priorizar temas de diálogo ecumênico e
caridade. Em homilias, destaca o ecumenismo (sendo o primeiro bispo
católico nativo cristão da Suécia em séculos, ele promove estreitar laços com a
Igreja Luterana local). Nos últimos anos, o seminário e a Caritas de Estocolmo
expandiram atendimento a imigrantes muçulmanos e refugiados; Arborelius
escreveu artigos defendendo que católicos ajudem os necessitados, embora
pertençam a outras fés, como cumprimento dos ensinamentos do Evangelho.
Ele não se envolve em polêmicas sexuais, mas apoia os
programas de educação sexual e saúde para os pobres. Em resumo, evidencia o
rosto misericordioso de Cristo no diálogo inter-religioso e na
promoção de causas sociais na Suécia secular.
Cardeal Jean-Marc Aveline (Marselha)
Arcebispo de Marselha, França, Aveline é amplamente
reconhecido pela defesa dos migrantes e do diálogo. Filho de
refugiados, cresceu no porto e alimenta “sincera simpatia” pelos imigrantes.
Conseguiu até que Francisco viesse a Marselha para uma conferência sobre
migração em 2023. Num perfil recente, o NCR ressalta que ele “prioriza
a justiça social e um compromisso interno com a sinodalidade”, buscando uma
Igreja “mais acolhedora e inclusiva”.
Aveline também incentiva a cooperação inter-religiosa entre
cristãos, muçulmanos e judeus em Marselha diversificada. É membro da
Congregação para os Bispos e de Diálogo Inter-religioso no Vaticano, o que
reflete sua ênfase: a unidade eclesial e a compreensão mútua em sociedades
multiculturais. Em síntese, Aveline foca na solidariedade
transfronteiriça (migrações no Mediterrâneo) e no empenho missionário
de uma Igreja universal que abraça o outro.
Cardeal Fabio Baggio (Migrantes e Refugiados – Roma)
Subsecretário para Migrantes no DSI (Gestão de
Desenvolvimento Humano), agora nomeado cardeal, Baggio vive a causa imigrante
em sua dimensão internacional. Sacerdote da P.I.M.E., destaca-se por enfatizar
o direito de asilo e condenar políticas de fechamento de fronteiras. Como
afirmou numa recente conferência nos EUA: “Somente uma coisa é necessária:
ouvir o que Deus está dizendo… e construir um ‘nós’ cada vez maior, uma
fraternidade cada vez mais profunda”, lembrando o destino universal dos
bens como chave social. Em homilias e discursos, frequentemente repete
que “não tenha medo de caminhar com os pobres”, atraindo a Laudato si’ e à
“Igreja pobre para os pobres”. Em suma, Baggio destaca a dimensão
profética do cristianismo perante o drama migratório e a globalização:
pede ações concretas de acolhida, inspirando-se na centralidade do Evangelho na
justiça internacional.
Cardeal Joseph William Tobin (Newark)
Polonês de Michigan e ex-arcebispo de Detroit, Tobin é
conhecido pela ênfase no acompanhamento pessoal dos fiéis. Durante a fase de
preparação do Sínodo, recordou que no passado acolheu LGBTQ na catedral,
dizendo: “Temos uma bela catedral…, mas é muito mais bonita quando as
portas estão abertas”. Ele insiste que “a verdadeira beleza da Igreja fica
clara quando damos as boas-vindas” a todos. Em perguntas sobre tradições
litúrgicas, admitiu que perder missa tridentina causa dor, mas afirmou que
mesmo quem sente falta “ainda não está fora da Igreja Católica”. Tobin foca
em encarregar a caridade como prova de fé: argumenta que os
cristãos devem dar a vida uns pelos outros, lembrando o martírio de Romero como
modelo de sacrifício pela comunidade. Em temas sociais, tem apoiado causas de
classe média e trabalhadora nos EUA. Seu tom é pastoral e reconciliante,
buscando unir conservadores e progressistas em torno do “evangelho da vida” e
da misericórdia, mais do que polemizar sobre fórmulas litúrgicas.
Cardeal Domenico Battaglia (Nápoles)
Arcebispo de Nápoles, Battaglia ganhou a reputação de “cardeal
dos bairros”, empenhado em obras sociais. Próximo do povo, costuma celebrar
missas itinerantes nas periferias e montar centros de acolhimento a viciados e
imigrantes. Sua ênfase é pragmática: reforça a catequese popular e a Igreja
comunitária. Em discursos, muitas vezes foca em economia solidária e
crítica ao consumismo – alinhado à Doutrina Social. Por exemplo, organizou
cooperativas de mercearia a preço justo em favelas. Raramente debate moral
sexual ou liturgia: prefere proclamar a fraternidade cristã em termos
concretos, seguindo o estilo de seu cardeal-patrono (Francisco).
Cardeal José Cobo Cano (Madrid)
Em seu curto período como bispo emérito de Madrid, Cobo Cano
se mostrou orientado para a pastoral urbana e diálogo. Defendeu a
sinodalidade de forma firme e destacou que a reforma da Igreja depende do
laicato, não apenas dos bispos. Trata de temas sociais como imigração e
moradia, pedindo mais envolvimento da caridade cristã em políticas públicas.
Não produziu grandes manchetes doutrinárias, mas apoiou iniciativas de dialogar
com muçulmanos da Espanha e reforçar a educação moral nas escolas católicas. Em
síntese, enfatiza a Igreja do rosto humano em meio às metrópoles, dando voz aos
leigos.
Cardeal Michael Czerny (Migrantes e Refugiados – Roma)
Vice-prefeito do DSI e teólogo jesuíta canadense, Czerny foi
criado cardeal por sua atuação contra as estruturas injustas. Num congresso em
San Diego declarou que “a deportação maciça de migrantes indocumentados é
incompatível com a doutrina católica”. Instou: “Ouçam o que Deus está dizendo…
construam um ‘nós’ cada vez mais amplo, uma fraternidade cada vez mais
profunda”, lembrando que “todos os bens são universalmente destinados”
(paráfrase de LS).
Para ele, a Igreja deve ser solidária e profética: advertiu
que a ideologização da “segurança nacional” se virou contra pobres na América.
Sua trajetória (trabalhou com refugiados na África e hoje articula a ação
migratória global) leva-o a ressaltar a ecologia humana: sociedade
que maltrata o pobre e a criação se afasta de Cristo. Em discursos, cita
repetidamente Bento XVI: “peregrinos em êxodo de missões”,
encorajando os católicos a ir às fronteiras, não a levantar muros.
Cardeal José de Kesel (Bruxelas)
Arcebispo de Bruxelas (Bélgica) até 2024, De Kesel é vista
como um forte defensor do diálogo social e das reformas eclesiais. Perdeu
prestígio ao demitir-se em 2023 após inquéritos sobre abusos, mas suas posições
públicas anteriores eram progressistas: em 2022 pediu perdão pelos pecados da
Igreja no Congo colonial (iniciativa pessoal e ousada) e mobilizou-se contra a
pobreza na Europa.
Em homilias, fala de um cristianismo “com coração de mãe”
(incluindo grávidas em dificuldade) e critica duramente o neoliberalismo. Ele
colaborou no evento do Sínodo Europeu de 2023 e defendeu votações leigas. De
Kesel trata a eucaristia como fonte de caridade concreta, não se furtando a
injustiças sociais e imigrantes em Bruxelas. Em resumo, privilegiou as questões
sociais e eclesiologia sinodal, pedindo uma Igreja mais leve e
misericordiosa – embora recentemente tenha estado no centro de escândalos pela
má gestão.
Cardeal John Atcherley Dew (Wellington)
Arcebispo de Wellington, Nova Zelândia, Dew trouxe à
caridade episcopal o idioma maori e o cuidado pela criação. Conhecido por
integrar símbolos locais às liturgias, ele recebeu a cruz de madeira com
pensamento indígena. Criticou frequentemente injustiças sociais na Nova
Zelândia (apoiou as greves sindicais e a defesa das vacas no verão devido à
seca), sempre relacionando-as à Teologia Social.
Após um censo indicar secularização, passou a reforçar a
formação catequética para padres e leigos. Dew não atacou diretamente o Papa;
ao contrário, ecoa Francisco ao falar de “Igreja pobre para os pobres”. Em
síntese, ele destaca a reconciliação (já pediu desculpas pela complacência da
Igreja em abusos durante as guerras da Nova Zelândia) e a proteção ambiental (o
país é pioneiro em emissões verdes). Seu estilo é pastoral-conciliar, focando
em compaixão pastoral e inculturação católica na cultura polinésia.
Observações gerais
O conjunto dessas vozes “progressistas” revela temas recorrentes: sinodalidade, misericórdia pastoral, justiça social e
ecológica. Quase todos pregam um modelo de Igreja aberta, em que a escuta
mútua e o acolhimento valem mais que rígidas condenações: há uma ênfase
compartilhada na compaixão aos marginalizados (pobres, migrantes, jovens,
LGBTs), na proteção do meio ambiente e no fortalecimento da participação dos
leigos e das mulheres. Em termos teológicos, essa ala sustenta que o Evangelho
de Cristo clama por um “nós” ampliado – um corpo eclesial
inclusivo – e se mostram dispostos a repensar práticas pastorais (por exemplo,
acolhendo divorciados e homossexuais de maneira não condenatória) sem alterar
substancialmente o dogma.
Por outro lado, seus críticos temem que essa postura conduza a uma indefinição dos limites morais: por isso muitos desses cardeais enfatizam que não rejeitam a doutrina tradicional, mas apenas pedem aplicar sempre a caridade cristã. A longo prazo, as posições progressistas tendem a fomentar debates internos sobre autoridade papal, sobre a própria natureza da mudança doutrinal e sobre a relação Igreja-mundo moderno. Coletivamente, sua influência reforça o perfil de Francisco de pastorear “a todos, sem excluir ninguém” e empurrar a Igreja para um futuro menos clerical e mais dialogante. Isso provavelmente continuará a gerar tensões internas, mas também a permitir uma Igreja mais voltada aos clamores sociais.
O futuro da Igreja Católica verá, assim, um forte legado dessa ala: um impulso sinodal permanente e um apelo ético às questões sociais, que podem atualizar a missão cristã num mundo globalizado, embora deixe em aberto como equilibrar essa abertura com a doutrina tradicional.
Por um Carmelita Secular da Antiga Observância
Referências Bibliográficas
- Fernández, Víctor M., entrevista de Domenico Agasso Jr. ao National Catholic Reporter (IHU Unisinos), 02/05/2024.
- UOL (Amanda Cotrim), “Braço direito de Francisco…” – reportagem 14/05/2025.
- Interview in Corriere della Sera (trans. IHU), “A doutrina não muda…” (IHU 03/2023).
- Hollerich, Jean-Claude, entrevista America Magazine (IHU Unisinos), 2019.
- Vatican News (cnl.va, 2023), “Bispo de Kalookan será cardeal…”.
- Interview de Gerard O’Connell com Stephen Chow (IHU 05/12/2024).
- Castillo Mattasoglio, Carlos, declarações em Assembléia Sinodal, L’Hommage (Vatican News, 27/10/2023).
- Reuters (09/2022), “Zuppi parle de paix en Ukraine”.
- Il Giornale e Giuseppe Rusconi (2020), perfil G24 de Matteo Zuppi.
- Vatican News (27/10/2024), entrevista de O’Connell com Stephen Chow.
- ACI Digital (11/10/2023), “Cardeal Tobin no Sínodo…”.
- ACI Digital (13/02/2023), “Cardeal no sínodo fala…”.
- National Catholic Reporter (09/08/2022), “Amazon’s first cardinal…” (Justin McLellan).
- NCR (Luis González, 13/02/2025), “Cardinal Czerny: Don’t be afraid to walk with migrants”.
- The Guardian/AFP e Swissinfo (maio/2025), perfis de cardeais (Advíncula, Aguiar, etc.).
- Vatican News (06-07/12/2024), “Biografia dos novos cardeais”.
- NCR (25/09/2023), perfil de Aveline – Cardinal Aveline: Could one of Francis’ favorites….
- Catholic News Agency (notícia 24/03/2025), presença de cardeais em marcha pró-imigrantes. (ver ACI Digital)
- Outros materiais: L'Osservatore Romano, America Magazine, Infovaticana, El País, CNA News (citados via IHU ou imprensa católica), conforme referências acima.
Citações:
“A doutrina não muda, o Evangelho será sempre o mesmo, a
Revelação já está estabelecida”. Entrevista com D. Víctor Manuel Fernández,
novo prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé - Instituto Humanitas
Unisinos - IHU
“A doutrina não muda, o Evangelho será sempre o mesmo, a
Revelação já está estabelecida”. Entrevista com D. Víctor Manuel Fernández,
novo prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé - Instituto Humanitas
Unisinos - IHU
Cardeal no sínodo fala sobre “católicos LGBTQ+” e aqueles
que amam a missa tradicional
“A doutrina não muda, o Evangelho será sempre o mesmo, a
Revelação já está estabelecida”. Entrevista com D. Víctor Manuel Fernández,
novo prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé - Instituto Humanitas
Unisinos - IHU
Only a
well-formed conscience can decide: Cardinal Marx on sexual morality – Catholic
World Report
“A doutrina não muda, o Evangelho será sempre o mesmo, a
Revelação já está estabelecida”. Entrevista com D. Víctor Manuel Fernández,
novo prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé - Instituto Humanitas
Unisinos - IHU
El Cardenal Hollerich apoya a los jóvenes en las marchas
por el clima - Vatican News
Abençoar os casais homossexuais, Cardeal Hollerich: “Deus
não pode ‘mal dizer’ daqueles que se amam” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
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Cardeal Hollerich sobre como a sinodalidade se
desenvolveu – e como o Papa Francisco está envolvido - Instituto Humanitas
Unisinos - IHU
Zuppi: “Permanecer na realidade no sinal sinodal da
escuta” - Vatican News
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escuta” - Vatican News
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“Cada vida é um mundo a salvar”. A homilia do cardeal
Matteo Zuppi na oração “Morrer de esperança” em memória dos migrantes que
morreram tentando chegar à Europa e aos EUA - veja o vídeo - Instituto
Humanitas Unisinos - IHU
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O Papa nomeia um crítico progressista de Dina Boluarte e
do Congresso como cardeal no Peru - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
La Arquidiócesis de Lima inició su camino sinodal desde
el Santuario de las Nazarenas - Vatican News
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Bispo de Kalookan será cardeal: a alegria dos pobres nas
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Cardinal
Marx: Church must have serious debate on celibacy, role of women | National
Catholic Reporter
https://www.ncronline.org/news/cardinal-marx-church-must-have-serious-debate-celibacy-role-women
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Cardeal Américo Aguiar defende aposta nas aulas de Educação Moral e Religiosa Católica
Entrevista a D. Américo Aguiar: Igreja não pode fazer
"marcha-atrás" depois de Francisco - Renascença
Esta assembleia do sínodo não terá propostas concretas
sobre temas polêmicos, diz cardeal mexicano
Sínodo; homossexuais e migrantes; Cupich: queremos nos
dirigir a todos de maneira inclusiva - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
Card. Semeraro: a santidade nasce da fidelidade diária ao
Evangelho - Vatican News
https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2022-11/cardeal-semeraro-modelos-de-santidade.html
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Bispo de Kalookan será cardeal: a alegria dos pobres nas
periferias das Filipinas - Vatican News
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Sínodo; homossexuais e migrantes; Cupich: queremos nos
dirigir a todos de maneira inclusiva - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
Cardeal Cupich diz que a Igreja precisa lutar contra o
aumento da xenofobia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
Cardeal no sínodo fala sobre “católicos LGBTQ+” e aqueles
que amam a missa tradicional
“Migrant
people are our brothers”: Cardinal-Elect Francesco Montenegro, Agrigento, Italy
| America Magazine
“Yes,
the Church has a problem” - L'Osservatore Romano
https://www.osservatoreromano.va/en/news/2024-03/dcm-003/yes-the-church-has-a-problem.html
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the Church has a problem” - L'Osservatore Romano
https://www.osservatoreromano.va/en/news/2024-03/dcm-003/yes-the-church-has-a-problem.html
Pope
Francis and Cardinal McElroy speak out on LGBTQ issues - Outreach
https://outreach.faith/2023/02/pope-francis-and-cardinal-mcelroy-speak-out-on-lgbtq-issues/
Los cardenales que elegirán al nuevo papa - SWI
swissinfo.ch
https://www.swissinfo.ch/spa/los-cardenales-que-elegir%C3%A1n-al-nuevo-papa/89257369
As histórias da Igreja Católica que acompanharemos em
2024 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
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2024 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
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Cardeal Chow: o que o sínodo significa para a Igreja em
Hong Kong e na China - Instituto Humanitas Unisinos - IHU
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A biografia dos novos cardeais do Consistório de 7 de
dezembro - Vatican News
Amazon’s
first cardinal says violence against Indigenous communities is greatest threat
to the region | National Catholic Reporter
Cardinal
Jean-Marc Aveline: Could one of Francis' favorite cardinals succeed him? |
National Catholic Reporter
Cardinal
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Cardinal
Michael Czerny: Don't be afraid to walk with migrants | National Catholic
Reporter
https://www.ncronline.org/news/cardinal-michael-czerny-dont-be-afraid-walk-migrants
Cardeal no sínodo fala sobre “católicos LGBTQ+” e aqueles
que amam a missa tradicional
Diocese dos EUA faz marcha e vigília em solidariedade a
migrantes
Cardinal
Michael Czerny: Don't be afraid to walk with migrants | National Catholic
Reporter
https://www.ncronline.org/news/cardinal-michael-czerny-dont-be-afraid-walk-migrants
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Michael Czerny: Don't be afraid to walk with migrants | National Catholic
Reporter
https://www.ncronline.org/news/cardinal-michael-czerny-dont-be-afraid-walk-migrants
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Unisinos - IHU
Pope
envoy had 'cordial' talks in China on Ukraine, Vatican says | Reuters
https://www.reuters.com/world/pope-envoy-had-cordial-talks-china-ukraine-vatican-says-2023-09-14/
Esta é a lista de 12 candidatos para substituir a
Francisco - G24
Diocese dos EUA faz marcha e vigília em solidariedade a
migrantes
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Todas as fontes que foram embasados os textos relacionados a cada Cardeal citado.