E ele era um ladrão!

Caríssimos amigos
Paz!
Saudações!

Hoje, Solenidade da Anunciação do Senhor, gostaríamos de partilhar uma história bonita e edificante, que pode nos ajudar a entrar no clima da Semana Santa, que se aproxima.


Quem vê o sorriso desse homem, tão alegre, e seu olhar cheio de vida e de candura, dificilmente suspeitaria que por detrás há um passado turbulento e criminoso.

Jean Bernier, nascido em 1917, na França, aos 18 anos de idade, perdeu o rumo de sua vida após o falecimentos de seus pais, num intervalo de apenas 12 meses.

Violência, assaltos, tráfico, contrabando, prostituição e inúmeras e penosas estadias em diversos presídios franceses eram a sua vida.

Mas após “15 anos caminhando com o diabo”, como ele confessaria mais tarde, uma luz brilhou: no cárcere, surge uma inquietação por tudo o que vivia, uma necessidade de silêncio e solidão e reflexão... E a Providência faz chegar às suas mãos alguns livros sobre as vidas de santos.

Até que em uma manhã, Jean escuta uma “voz” que lhe reprovava com ternura paternal o seu modo de viver e o chamava a uma mudança: era o encontro com a Verdade. Relutante no início, ele cai de joelhos e chora, implorando ajuda aos céus.

A compunção o levou à conversão, e Jean totalmente mudado, para espanto dos guardas e dos companheiros de prisão, passa a experimentar e irradiar a alegria de ter sido perdoado – e, claro, o ímpeto de viver uma vida nova.

E sabem o que ele decidiu fazer quando deixou a cadeia naquela ocasião?

Entrou num mosteiro trapista!  Aos 38 anos de idade, então “rebatizado” como Ir. Gregório, nosso “bom ladrão” ingressou em Santa Maria do Deserto (França) onde viveu a sua conversão e seus combates com fidelidade, alegria e muita gratidão.

A história de Ir. Gregoire Bernier foi contada em livro (ainda não traduzido em português): “E ele era um ladrão! Do banditismo à Trapa” - C'Etait Un Larron ; Du Banditisme A La Trappe, de Robert Masson  Para quem lê francês, fica a sugestão.

Essa bela história nos inspire a viver bem o Tempo Santo que antecede a celebração da Ressurreição do Senhor, lembrados do grande amor com que Cristo nos amou, e de que cada um de nós é um daqueles filhos "que Deus ama e reclama"!

Por um Trapista