Os fatos centrais do Sínodo da Amazônia: A Rede Pan-Amazônica

Roma, 15 de outubro de 2019

OS LEIGOS trazem uma análise especial para você.
No sexto boletim desde Roma, Os Leigos informam e comentam estes e outros fatos que estão acontecendo por aqui:
Caminhamos rumo a Pan-Amazônica?
Bispos convidam deputados para o Sínodo

ANÁLISE: CAMINHAMOS RUMO À PAN-AMAZÔNICA.
Teoria da Conspiração? Não! Conspiração MESMO!

Quando todas as discussões sobre o Sínodo começaram, nós, Os Leigos, olhávamos para a ideia de unir territórios da Amazônia situados em diferentes países como um plano pouco provável, para não dizer impossível. Pensar que 9 presidentes, incluindo Bolsonaro e Nicolás Maduro, concordariam em abrir mão da riquíssima área dos seus territórios em que se situa a Pan-Amazônia, motivados pelo bem da Terra e pela propaganda do Emmanuel Macron, soava uma possibilidade (no mínimo) longínqua.

Entretanto, estamos nos dando conta que este é sim um plano viável. Pior, vemos a mão da ONU e de outras entidades globalistas presente nas reflexões deste Sínodo.

Sabemos, porém, que uma proposta com estas características só poderia ser implementada no prazo de duas ou três décadas, pois neste momento o ambiente é absolutamente contrário a isto. Essa gente calcula ações no prazo de gerações, de modo que seus planos sejam diluídos na substituição de uma geração por outra.

Por essa razão, a tal Pan-Amazônia tem de existir PRIMEIRO dentro da mente dos povos locais para POSTERIORMENTE ganhar um rosto territorial, político, administrativo, etc.

Como toda construção, desde uma casa de palafita a um arranha-céu em Dubai, esta obra de engenharia precisa de um ponto de partida formal, uma espécie de MARCO ZERO, amplo o suficiente para a tremenda mudança de paradigma pretendida.

Trocando em miúdos: Será que a criação de uma estrutura eclesiástica pan-amazônica poderia ser precisamente ESSE MARCO ZERO? Seria esta a motivação atrás das discussões dos que desejam se aproveitar do Sínodo para promover o globalismo?

Temos acompanhado com certa preocupação a insistência na criação de uma estrutura ECLESIÁSTICA que acompanhe as Igrejas da Amazônia e os pedidos para que a esta região seja dada a permissão de formular seu próprio missal, um missal amazônico próprio, sacerdotes que tenham famílias e ministros ordenados que sejam mulheres. Uma vez que esta igreja Pan-Amazônica seja realidade, a fundação do prédio já está posta pois a cultura começará a ser sedimentada, demarcando, pela “igreja”amazônica, seu território independente.

Não sabemos se matamos a charada, porém a presença de Jeffrey SachsBan Ki Moon e agora a confirmação de Dom Marcelo Sanches Sorondo na comissão que vai escrever o documento final do Sínodo que será levado ao Santo Padre nos leva a pensar que nossa equipe pode ter cantado bola corretamente.

Depois desta reflexão, vamos deixar vocês com um parágrafo que mais impactou nossa equipe de analistas da Síntese das discussões da 12ª. Reunião do Sínodo, feita pelo VaticaNews, a imprensa oficial do Vaticano:

Decolar rumo a uma profunda conversão ecológica:

O apelo à Igreja é o de decolar, acolhendo o chamado a uma profunda conversão ecológica, sinodal e integral a Cristo e seu Evangelho. O convite é caminhar juntos como uma família universal, na crença de que a Amazônia não pertence a estados ou governos. Estes são administradores e devem prestar conta do seu trabalho. É através do dom diário de si mesmos por parte de leigos, consagrados, casados, que toma forma uma verdadeira igreja amazônica, "sacramento" da presença de Cristo nesta região. Sentimos a necessidade de uma espiritualidade e de uma teologia dos sacramentos capazes de se deixarem desafiar pelo que as comunidades vivem e reconhecer os dons que eles receberam. Nesse sentido, a coordenação entre as igrejas locais foi incentivada no exemplo do trabalho realizado pela REPAM. A necessidade de diálogo intercultural também foi destacada inspirado pelo Espírito de Pentecostes. O convite é sair de uma atitude impositiva ou de apropriação, abraçando uma "simetria das relações". Que a humildade seja a atitude de um diálogo fundado na convicção comum de sermos solidariamente responsáveis pelos cuidados da Casa Comum. O que é impossível fazer sozinho, pode ser feito juntos. Urge a construção de um "nós" inclusivo no qual todas as pessoas, mesmo nas suas diferenças, sejam necessárias. Foi proposto criar processos de treinamento para um diálogo intercultural no qual as contribuições teóricas sejam corroboradas pela prática e reflexão.
O que você achou desta análise? Responda-nos contando suas impressões.



Com informações de Os Leigos
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