Levar as crianças à Santa Missa ou não?


LEVAR AS CRIANÇAS À SANTA MISSA OU DEIXA-LAS NO "CLUBINHO", "ESCOLINHA DE JESUS" (grupo de crianças separadas dos pais durante a Santa Missa, retiradas da Santa Missa, conduzidas naquele momento para outras atividades catequéticas), ou até mesmo em casa pois "não entendem ainda", "a Missa é monótona para elas", "não param quietos", "não se concentram"? Quais as perdas e ganhos ao tomar estas decisões? Será que as crianças são realmente incapazes de compreender a sacralidade do Santo Sacrifício e da liturgia, mesmo tão novas? Entenda:

Independente da pessoa presente entender o que se passa, a Santa Missa produz efeitos sobrenaturais naqueles que estão presentes. Mas uma criança bem educada na fé desde a tenra idade pode entender o que os olhos humanos não conseguem ver, e ao contrário muitos adultos, é capaz de não ser alheia as coisas do alto. Uma criança não é só uma criança, ela é uma ALMA, e uma alma SEDENTA DE DEUS, proporcionar a participação das crianças na Santa Missa é oferecer-lhes alimento para alma através daquilo que a Igreja tem de mais sagrado. Na Santa Missa todos os sentidos da criança são alimentados com o ÁPICE da fé católica, e nenhum outro momento por mais bem preparado que seja (uma Missa liturgicamente desfigurada por exemplo, para agradar a carne das crianças e dos adultos, ou estes clubinhos) é capaz de substituir o tesouro espiritual presente naquilo que o próprio Deus arquitetou para nutrir com perfeição todas as almas, independente das suas capacidades mentais. A catequese não começa com a idade da razão, ela começa muito antes do nascimento da pessoa humana. A catequese começa no ventre da mulher enquanto aquela criança é gerada e nutrida em seu corpo e em sua alma. Desde o ventre os pais tem obrigação de oferecer Deus aos filhos e de ensina-los a sacralidade das coisas do céu. E como ensinar perfeitamente a alma privando-a da EXPERIÊNCIA?

Porque batizamos as crianças? Porque entendemos que isso é necessário para sua participação no Reino. Se proporcionamos o batismo aos nossos filhos para bem inseri-los na fé católica, porque negamos a eles o ápice da fé católica? Isso não faz sentido sob a ótica da Doutrina e da vida dos santos.

E por falar em santos, Santa Teresinha, São Domingos Sávio, Santa Inês, Santa Bernadete, São Francisco e Santa Jacinta Marto e tantos outros nos quais lhes foram ensinados desde a tenra idade sobre a sacralidade da Santa Missa, e lhes proporcionado participação na celebração do Santo Sacrifício, entenderam, dentro das suas capacidades, desde criancinhas o que se passava ali, suas almas foram alimentadas com o que há de mais alto e mais perfeito em nossa fé: a Santa Missa.

Certo dia quando minha filha, Maria Aurora, estava por volta do 6° mês de nascida, estava conosco na Santa Missa, no colo do pai virada para o altar. Como sempre durante toda a celebração permanecia quieta, observando tudo, mas sem interagir muito. Ao iniciar a suave oração do santo, instantaneamente ela ergueu a cabeça e fitando o alto da Igreja começou a balançar os braços e as pernas euforicamente, sorrindo e rindo alto, olhando para o "nada", realmente eufórica numa felicidade que nunca vimos nela antes. Ela parou ao cessar da oração. Via ela os anjos e santos entoando o hino? Tudo indica que sim.

Negar a Missa às crianças é negar a participação, literal, do céu na terra.

Isso é grave, meus caros.

Vejamos ainda a bela história de amor entre Santa Imelda e Jesus Eucarístico, antes mesmo que tivesse idade para receber a Primeira Comunhão:

Com apenas 8 anos de idade, entrou para o convento. Aos 10, recebeu o hábito de monja dominicana. Embora tivesse tão pouca idade, era uma freirinha em tudo exemplar nas atividades da vida religiosa. Entretanto, algo a intrigava: o fato de as pessoas receberem a Sagrada Comunhão e continuarem a viver. Como Imelda não tinha idade para comungar, costumava perguntar às religiosas: "Irmã, a senhora comungou Jesus e não morreu?". As freiras respondiam assustadas: "Que é isso, menina? Por que morrer?".

A pequenina religiosa respondia: "Como pode a senhora receber Jesus, em Comunhão, e não morrer de amor e de tanta felicidade?"

Pois aconteceu que na madrugada do dia 12 de maio de 1333, véspera do Domingo da Ascensão do Senhor, Imelda estava na Santa Missa e já não aguentava mais de tanta vontade de comungar. Perguntava-se ela: "Se Jesus mandou ir a Ele as criancinhas, porque não posso comungar?". O padre já tinha acabado de dar a Sagrada Comunhão às religiosas quando todos viram: uma hóstia saiu do cibório e voou pela capela. Parou em cima da cabeça de Imelda. O padre, então, entendeu que era hora dela comungar. Ao receber a Santíssima Eucaristia, Imelda se colocou em profunda adoração. 

Após horas de oração, a Madre Superiora foi até a freirinha e lhe disse: "Está bem, Irmã Imelda. Já adorou bastante a Jesus. Podemos seguir... Vamos para as outras atividades do convento".

Imelda, entretanto, permanecia imóvel. Após a insistência da Superiora, nada acontecia. Foi, então, que a Madre pegou amorosamente Imelda pelos bracinhos e ela caiu em seus braços. É... Imelda havia morrido na sua Primeira Comunhão. Cumpriu-se a indagação da pequena grande Imelda: "Como pode alguém receber Jesus, na Sagrada Comunhão, e não morrer de felicidade?". Aos 11 anos, Imelda morreu de amor e de felicidade por ter recebido Jesus!

O corpo de Imelda Lambertini encontra-se incorrupto na Capela de São Sigismundo, na Bolonha, Itália. O Papa São Pio X a proclamou padroeira das crianças que vão fazer a Primeira Comunhão.

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