Oh! Mãe Altíssima




Oh! Mãe Altíssima! Estás vestida com o resplendor da plenitude da graça. Debaixo de teus pés a pálida luz lunar das coisas fugazes, e em tua cabeça a coroa de estrelas dos elegidos.



Todavia, não há aparecido a paz eterna; ainda segue a terra abandonada às tempestades selvagens. Todavia, o dragão infernal ameaça devorar o menino que teu amável seio há gerado à luz da vida de graça.

Porém, tu hás preparado um refúgio para os teus longe do mundo, na solidão do deserto, onde a chama do pecado não alcança, os mantém protegidos em silêncio.

Ali os alimenta com o pão da vida que dá a vida eterna e com o substancioso alimento da palavra de Deus.

Tu os ensinas a elevar o olhar para o rosto do Eterno e os deleitas com aquela bebida do Espírito que fresca e ardente és, e os faz sóbrios e ébrios.

Tu os veste com o manto da salvação, para que ilesos atravessem o horror da água e do fogo, e tua mão materna os guia à meta eterna.

Tu, pai fielmente preocupado pelo Filho de Deus, Belém e Nazaré, incluso o Egito, será o nosso lugar se tu permaneces conosco. Onde tu estás, está a bênção do Céu. Como crianças seguimos teus passos. Plenos de confiança nos colocamos em tuas mãos: sê tu, nosso rogar: São José, cuida de nós!

Edith Stein. Poesia “Ó Mãe Altíssima!” Obras Completas V, Escritos Espirituales, p. 809, tradução livre.

Imagem: Nossa Senhora do Monte Carmelo, propriedade do Carmelo da Santíssima Trindade e do Imaculado Coração de Maria, Patos de Minas, MG.



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