“Recebe, filho amado, este escapulário.
Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição
no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto
sempiterno”.
A Origem do Escapulário
No século XI, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus
Cristo, reuniram-se no Monte Carmelo, em Israel. Ali construíram uma capela em
honra de Nossa Senhora. Este local é considerado sagrado, desde tempos
imemoriais ( Is 33,9;35,2; Mq 7,14), e se tornou célebre pelas ações do profeta
Elias (1 Rs 18). A palavra “carmelo” quer dizer jardim ou pomar. Nasciam ali os
carmelitas, ou a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte
Carmelo.
Tempos depois, os carmelitas mudaram-se para a Europa e
passavam por grandes dificuldades. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em
seu convento de Cambridge, Inglaterra, S. Simão Stock, superior geral da Ordem,
pediu a Nossa Senhora, um sinal de sua proteção, que fosse visível a seus
inimigos.
Recebeu, então, de Nossa Senhora o escapulário, com a
promessa: “Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer,
não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos
perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.
Quem segue Jesus e é devoto de Maria Santíssima, caminha a
passos seguros no caminho da salvação. O escapulário é sinal da proteção de
Maria.
A festa de Nossa Senhora do Carmo é celebrada todo 16 de
julho de cada ano, desde 1332, e foi estendida à Igreja Universal no ano de
1726, pelo papa Bento XIII. O papa São João Paulo II, ao declarar que usa o
escapulário desde sua juventude, escreve: “O Escapulário é signo de aliança
entre Maria e os fiéis. Traduz concretamente a entrega, na cruz, de Maria ao
discípulo João” (Jo 19, 25-27).
Por Dom Pedro Carlos Cipolini, bispo diocesano de Santo André, SP.
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