Luísa Piccarreta – A Pequena Filha da Divina Vontade
Igreja Imaculada – Trinitapoli (Foggia) 1980, com Aprovação Eclesiástica
(Santo) Padre Pio enviava muitas pessoas a Luísa Piccarreta e, aos habitantes de Corato que iam a San Giovani Rotondo, dizia: «O que vindes fazer aqui? Tendes Luísa, ide ter com ela».
(…) A tia Rosária (tia do padre Bucci) frequentava periodicamente San Giovani Rotondo, de forma especial após a morte de Luísa. O Padre Pio conhecia-a muito bem e, quando Luísa ainda vivia, assim que a via, dizia: «Rosária, como está Luísa?».
A tia Rosária respondia-lhe: «Está bem!».
Depois da morte de Luísa, a tia Rosária intensificou as visitas a San Giovani Rotondo , também para receber iluminação e conselhos do Padre Pio.
Ela foi a única lâmpada que permaneceu acesa para resolver o caso de Luísa Piccarreta, no que diz respeito à sentença do Santo Ofício, visitava várias personalidades eclesiásticas e enfrentava também a Congregação do Santo Ofício. Certa vez entrou – não se sabe como – no escritório do Cardeal Ottaviani, então Prefeito dessa Congregação, que a escutou benignamente, prometendo interessar-se pelo caso.
Com efeito, poucos dias depois, a tia Rosária foi convocada por D. Addazzi, arcebispo de Trani, que lhe disse: «Senhora, não sei se devo repreendê-la ou admirá-la pela coragem que teve ao enfrentar o cão de guarda da Igreja, o grande defensor da fé, sem ser mordida».
A conclusão foi que se obteve a autorização de transportar os despojos mortais de Luísa para o cemitério da igreja de Santa Maria Greca.
Luísa dissera à minha tia: «Tu serás a minha testemunha», e certo dia o Padre Pio disse-lhe de repente estas palavras no seu dialeto de Benevento: «Rosa’, va nanz, va nanz ca Luísa iè gran e u munn sarà chin di Luísa» («Rosária, vai avante, vai avante que Luísa é grande e o mundo estará repleto de Luísa»).
A minha tia narrava com frequência este episódio, mas as coisas não iam bem: tudo fazia supor que Luísa iria cair no esquecimento.
Certo dia após a morte do venerado Padre Pio, a minha tia disse: «O Padre Pio profetizou que Luísa será conhecida no mundo inteiro». E repetia esta frase que o Padre Pio pronunciara no seu dialeto.
Respondi-lhe que o caso de Luísa Piccarreta não seria de fácil solução. Efetivamente, mesmo em Corato já não se falava mais dela, e a frase do Padre Pio podia considerar-se uma observação consoladora. Todavia, a tia Rosária retorquiu: «Não! Durante a confissão, o Padre Pio disse-me que Luísa não é um fato humano, é uma obra de Deus, e Ele mesmo a fará emergir. O mundo permanecerá assombrado diante da sua grandeza; não transcorrerão muitos anos antes que isto aconteça. O novo milênio verá a luz de Luísa».
Permaneci em silêncio perante esta afirmação, e então a tia fez-me a seguinte pergunta:
«E tu, acreditas em Luísa?».
Respondi-lhe que sim.
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