Da Importância que têm para o Católico, de Consagrar-se a Nossa Senhora do Carmo

– Pode-se dizer que o hábito ou o Escapulário seja um meio de Consagração a Maria?

O hábito do Carmo foi desde o início de sua história um meio de consagração a Deus e a Nossa Senhora. Os primeiros eremitas do Monte Carmelo consagravam as suas vidas a Deus e à Mãe Santíssima e entregavam-se à contemplação para A honrarem. O Pontífice Pio XII, pediu a todos que vissem no hábito ou Escapulário, um sinal de Consagração ao Imaculado Coração de Maria (Carta pela Comemoração do VII Centenário do Escapulário, em 1950).

– Como sinal da Consagração a Maria, deve-se preferir o hábito (Escapulário), ou a medalha?

Quem estiver familiarizado com o simbolismo antigo do vestuário, não pode ter dúvida de que o Hábito ou Escapulário ser preferível à medalha; porque o Hábito, tal como um uniforme ou libré, cobre toda a pessoa e mostra a sua pertença a outrem. A medalha, é aliás frequentemente, um mero substituto do Hábito ou Escapulário. Além disso, está prescrito aos Terceiros, o uso do Escapulário.

– O que é que se entende, por Consagração por meio do Hábito?

Por consagração, entende-se que uma pessoa, um local ou uma coisa, deixa de ser posse de homem, para se tornar, de uma maneira especial, propriedade de Deus. Assim, o Padre é escolhido entre os homens, para se tornar Ministro de Deus, e, o Cálice, taça vulgar, é retirado do uso profano, para servir somente no altar. Dessa maneira, na consagração pelo hábito ou Escapulário, tornamo-nos, se assim se pode dizer, propriedade de Maria; tornamo-nos Seus de uma maneira especial e comprometemo-nos a serví-lA sempre.

– Poderá a própria vida de Maria servir-nos de Modelo de Consagração?

Maria tinha continuamente a consciência da sua pertença a Deus, e de estar na terra para realizar a Sua Vontade como ela se realiza no Céu. As suas palavras: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua Palavra” mostram que era para servir e praticar a Verdade na Caridade que Ela vivia. O Terceiro deve estar repleto dos mesmos sentimentos de espírito e coração em veneração a Nossa Senhora. Embora a nossa dependência d’Ela seja essencialmente diferente da nossa dependência de Deus, sabemos que Ela é a Mãe da Divina Graça e que todos os favores de Deus, mesmo a vida eterna, vem até nós através d’Ela. Servi-lA é reinar.

– Deve o Terceiro renovar com frequência a sua consagração a Nossa Senhora?

O Terceiro deverá renovar se possível diariamente a sua consagração a Ela, a fim de alcançar uma dependência amorosa, viva e duradoura.

– O que é que se entende por Consagração Total a Maria?

Por consagração total entende-se que a nossa vida inteira deve ser vivida para Maria e que Ela em troca a oferecerá a Deus, enriquecida com os seus próprios méritos e doçura do seu amor.

– Para nos consagrarmos a Nossa Senhora serão necessários os dois votos prescritos pela Regra?

Em virtude do Hábito ou Escapulário ser um sinal de consagração a Maria, sua simples imposição, mesmo sem os votos, é já de per si um ato de consagração a Ela.

– Sendo assim, qual é o valor dos votos?

O fato de se prestar os votos fortalece a nossa vontade para dar algo a Deus corroborando o motivo. Além disso, dá às nossas boas ações um valor e um mérito particular, tornando-os atos de virtude de religião. Os dois votos da Regra da Ordem Terceira tornam também a nossa consagração a Nossa Senhora mais íntima e mais perfeita.

– Espera-se do Terceiro Carmelita que ele ore mais do que o simples Católico?

Sendo a oração o fim primário de toda a vocação Carmelita deverá o Terceiro torná-la a ocupação principal da sua vida. Mais do que qualquer outro católico, deverá ele aprender a arte da oração contínua.

E você meu querido irmão e irmã, já pensou em viver em sua vida, a sua vocação na Ordem Terceira do Carmo? O Carmelo sempre terá um lugar para você! Entre em contato!